Título: Bolsa bate o recorde de pontuação
Autor: Denise Abarca, Silvana Rocha e Lucinda Pinto
Fonte: O Estado de São Paulo, 10/02/2005, Economia, p. B9

Ibovespa fechou em 26.313,5 pontos e alta de 2,26%; dólar caiu, enquanto o risco país avançou 0,73% Com sessão reduzida de duas horas, o Ibovespa fechou em pontuação recorde de 26.313,5, em alta de 2,26%, na máxima do dia, sustentada por um fluxo financeiro de R$ 1,368 bilhão. Os ganhos foram puxados por Embraer, Telemar, Petrobrás e Embratel, alvos de investidores estrangeiros. O dólar caiu 0,34%, para R$ 2,605, os juros futuros ficaram estáveis, o risco país subiu 0,73%, para 412 pontos, e o C-Bond ficou estável, vendido com ágio de 3%. Os papéis que puxaram a Bolsa paulista foram beneficiados por um movimento de correção, já que os ADRs correspondentes registraram valorização expressiva em Nova York nos dois últimos dias em que o mercado brasileiro esteve fechado. As ações da Embraer lideraram as maiores altas do Ibovespa praticamente durante toda a sessão. No fechamento, os papéis ON disparavam 10,85% e os preferenciais subiam 9,95% (ver texto abaixo).

As ações da Petrobrás tiveram o maior giro do pregão, R$ 220,4 milhões. O papel PN avançou 4,42%, e o ON, 6,76%. Analistas não encontraram fatos novos para justificar essa alta. Alguns arriscaram atribuí-la a um ajuste frente à forte valorização dos ADRs da empresa. Telemar PNA também foi destaque, tendo subido 8,31%. Embratel PN avançou 4,51%. Segundo operadores, o mercado ainda reage ao anúncio de que a controladora Telmex prevê investimento de R$ 1,3 bilhão na Embratel este ano e ao preço de subscrição do aumento de capital da empresa, divulgado sexta-feira, de R$ 4,30, que ficou bem perto da cotação de mercado das ações preferenciais.

Entre as maiores quedas, estiveram Tractebel ON (4,13%) e Sabesp ON (2,62%).

O comercial devolveu à tarde a alta de até 0,80% da abertura. O dólar acompanhou em parte a volatilidade externa da moeda americana ante o euro, especialmente. Em meio à menor liquidez, o movimento de ajuste de posições das tesourarias de bancos e o fluxo comercial e financeiro positivo também determinaram a queda das cotações.

Na BM&F, apenas três vencimentos de dólar futuro foram negociados e todos projetaram queda. Apesar do escorregão do dólar, o Banco Central não fez leilão de compra.

O mercado de juros teve um pregão típico de retorno de feriado: baixíssima liquidez e sem tendência definida. O contrato mais líquido, o de janeiro, movimentou 20.612 operações, quando o giro normal é de 150 mil.