Título: Uma história de resistência e conquistas
Autor: Flávia Varella
Fonte: O Estado de São Paulo, 21/08/2005, Vida&, p. A26

DIFICULDADES: A aprovação da lei de descriminação não resolveu de imediato o problema do aborto na França. Poucos médicos aceitavam realizar o procedimento e os hospitais, mesmo obrigados a oferecer o serviço, colocavam dificuldades por questões de ¿princípios¿ dos diretores ou de orçamento. As feministas não se desmobilizaram. Suas mais recentes conquistas foram modificações na lei que permitiram o aumento do prazo para fazer o aborto de 12 para 14 semanas de gravidez, o fim da exigência de entrevista com psicólogos e da necessidade de autorização dos pais para menores.

Desde o ano passado, as mulheres que quiserem podem fazer o aborto com medicamento em casa, quando a data da última menstruação não for maior do que 50 dias. Para tanto, precisam ter cinco consultas com um médico que se torna seu responsável e estar comunicável e a uma distância mínima de um hospital.