Título: Bolsa sobe 0,61% e dólar fica estável
Autor: Josué Leonel, Silvana Rocha e Denise Abarca
Fonte: O Estado de São Paulo, 15/09/2005, Economia & Negócios, p. B12

O Ibovespa manteve-se em alta quase todo o pregão, e só perdeu algum fôlego quando as Bolsas começaram a ceder em Nova York. Ainda assim, a Bovespa valorizou-se 0,61%. O giro financeiro foi fraco, R$ 1,526 bilhão, algo normal em dia de decisão do Copom. O dólar ficou estável, em R$ 2,328, o paralelo perdeu 0,12%, para R$ 2,56, o risco país recuou 1,54%, para 383 pontos, e o A-Bond ganhou 1%, vendido com ágio de 5%. Nos EUA, o destaque negativo foi o petróleo futuro, que disparou com a chegada dos investidores oportunistas interessados em aproveitar os preços atraentes, após as quedas recentes. A alta do petróleo derrubou as Bolsas em Wall Street - o Dow Jones caiu 0,50% e a Nasdaq, 1,03%. Foi a segunda queda seguida.

As maiores valorizações do Índice Bovespa foram de Copel PNB (4,82%), Contax ON (4,37%) e Eletrobras ON (4,09%). As maiores quedas foram de Braskem PNA (2%), Tele Centro Oeste PN (1,83%) e Klabin PN (1,74%).

Comentários sobre forte demanda externa pelas emissões de empresas e bancos brasileiros e rumores de que também seria grande o interesse pela captação soberana em reais em estudo pelo governo favoreceram o fechamento "de lado" do dólar, após duas altas seguidas. Por isso, a piora no cenário externo não pressionou o comercial. .

No mercado futuro, apenas o contrato de outubro projetou estabilidade, e os seis demais vencimentos indicaram alta. O contrato mais longo, de julho de 2006, sinalizou um avanço de 0,30%. O volume negociado caiu 21%, para US$ 3,82 bilhões.

O Banco do Brasil manteve-se atuante na compra de dólares, absorvendo o fluxo de entrada positivo. A reunião do Copom não influenciou os negócios. Já a expectativa sobre a precificação das emissões de bônus perpétuos da Gerdau e Odebrecht era grande, depois da operação de US$ 500 milhões fechada anteontem pelo Banespa Santander.

Sobre a captação da Gerdau, comentou-se que haveria demanda de US$ 2,5 bilhões, o que faria a empresa ampliar sua emissão de US$ 300 milhões para US$ 500 milhões ou US$ 600 milhões.

O Tesouro Nacional informou que no leilão de compra de NTN-Bs, ontem, adquiriu papéis somente em 2 dos 9 vencimentos apresentados.