Título: OAB hesita em investigar advogados
Autor: Laura Diniz
Fonte: O Estado de São Paulo, 20/05/2006, Metrópole, p. C7

Uma "batata quente" está sendo jogada de um lado para outro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ninguém quer assumir a investigação dos advogados Sérgio Weslei da Cunha e Maria Cristina de Souza Rachado, acusados de comprarem um CD com depoimentos sigilosos de policiais paulistas, repassado a líderes do PCC.

Os dois advogados são registrados em São Paulo. Na quinta-feira, o presidente nacional da entidade, Roberto Busato, informou que, apesar disso, a OAB-DF cuidaria do caso, pois o fato ocorreu em Brasília.

Ontem, a presidente dessa seccional, Estefânia Viveiros, disse que a competência é dos colegas paulistas. "Os advogados são inscritos na OAB-SP. E o Congresso é de âmbito nacional, não do Distrito Federal."

Segundo a OAB-SP, a suposta infração deve ser apurada no local dos fatos, como manda o Estatuto do Advogado. Cópia do pedido de suspensão do registro dos advogados, feito pela CPI do Tráfico de Armas, foi enviada de São Paulo para Brasília. Busato vai decidir a questão na segunda-feira.