Título: Ibovespa sobe 5,27% na semana
Autor: CLAUDIA VIOLANTE, MARIO ROCHA E SILVANA ROCHA
Fonte: O Estado de São Paulo, 29/07/2006, Economia, p. B10

O crescimento do PIB norte-americano no segundo trimestre, que ficou abaixo das estimativas, foi interpretado pelos analistas como mais um sinal de que o Federal Reserve poderá interromper o ajuste monetário na sua reunião no início de agosto. Era tudo o que o mercado queria ouvir.

As bolsas subiram em Nova York, onde os juros dos treasuries fecharam em baixa. O indicador também caiu como uma luva nos mercados domésticos. A Bovespa fechou em alta, com ligeira melhora no giro financeiro. O dólar caiu, também influenciado pela ação dos "vendidos" no vencimento do câmbio futuro. Os juros também voltaram a fechar em baixa.

A Bolsa aproveitou o bom momento em Nova York para fechar em alta. Há dias que o mercado doméstico vem ensaiando uma melhora, mas tem esbarrado nas incertezas sobre a economia americana. O Índice Bovespa (Ibovespa) fechou em alta de 1,34%, aos 37.381 pontos. Com esse resultado, a bolsa paulista passou a acumular altas de 2,05% em julho e de 11,73% em 2006. O movimento financeiro ficou em R$ 1,872 bilhão. Na semana, o Ibovespa subiu 5,27%.

O cenário externo positivo e interesses dos "vendidos" no mercado futuro influenciaram na queda do dólar após o leilão do Banco Central à tarde. Por isso, a compra pelo BC de um volume de moeda entre US$ 300 milhões e US$ 400 milhões, em meio a um fraco fluxo cambial, não impediu a renovação das mínimas depois da operação. As cotações oscilaram em baixa o dia todo e fecharam a R$ 2,174 no mercado à vista (-0,78%). Este é o menor nível desde 4 de julho.

A correção para cima dos contratos futuros de DI durou apenas um dia. Ontem, as taxas voltaram a fechar em queda, ajudadas pela desaceleração do PIB americano. Os contratos mais curtos ficaram mais perto da estabilidade. Na semana, porém, todos tiveram recuo considerável.