Título: Ação policial prevê apoio do Corpo de Bombeiros
Autor: Henrique, Brás e Fávaro,Tatiana
Fonte: O Estado de São Paulo, 26/05/2007, Vida&, p. A34

Especializados em ações de reintegração de posse e de controle de distúrbios civis, os pelotões de escudeiros do 3º Batalhão de Choque da Polícia Militar formam a linha de frente da tropa escalada para desocupar o prédio da reitoria da USP. Suas armas não são letais: cassetetes, escudos, capacetes balísticos, gás de pimenta, balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo.

Os homens dessa tropa são divididos em pequenas frações, cada qual possui um comandante que dispõe de uma espingarda que dispara balas de borracha. Além disso, ele tem a missão de cobrir a retaguarda dos escudeiros. No caso de uma ação em um lugar interno, como o caso do prédio da reitoria da USP, os policiais não devem usar o gás lacrimogêneo por duas razões. A primeira é que o gás pode causar pânico e a segunda é a possibilidade de ele provocar pneumonia química.

Além dos escudeiros do 3º Batalhão de Choque, a PM vai usar os homens do 2º Batalhão de Choque para apoiar a operação. Policiais da Rota e do regimento de Cavalaria 9 de Julho cuidarão da segurança da tropa empregada - eles estarão com armas com munição real - e farão o patrulhamento das redondezas da reitoria.

Policiais femininas serão usadas para revistar as mulheres que, por acaso, sejam detidas no cumprimento da ordem judicial. Carros do Corpo de Bombeiros devem acompanhar os policiais da tropa de choque, pois teme-se que os estudantes ateiem fogo à barricada com pneus montada na frente da reitoria. Por fim, policiais do batalhão do Butantã, o 16º BPM, serão convocados para tomar conta da reitoria depois da reintegração. Segundo um coronel da PM com experiência nesse tipo de ação, a tropa já sabe até quais escadas e portas deve usar na ação.

Enquanto não recebe a ordem para retomar o prédio, a PM mantém integrantes do serviço de informações no lugar para vigiar os manifestantes. Cerca de mil homens devem participar da operação.