Título: Acordo com a Telebrás leva TIM ao interior
Autor: Rodrigues, Eduardo
Fonte: O Estado de São Paulo, 14/07/2011, Negócios, p. B13

Empresa deverá levar internet rápida a preços populares a até mil municípios do País até o fim de 2012

Um contrato assinado entre a Telebrás e a TIM para o fornecimento de internet rápida a preços populares dentro do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) deve alcançar até mil municípios até o fim de 2012.

De acordo com anúncio feito ontem no Ministério das Comunicações, o acordo para o uso recíproco das infraestruturas deve entrar em operação a partir de setembro, mas em apenas quatro cidades - duas em Goiás e duas no Distrito Federal.

O plano popular de internet móvel da TIM oferecerá velocidade inicial de 1 megabit por segundo (Mbps) por R$ 35 mensais. O serviço, porém, terá limitação do consumo de dados a 500 megabytes de download por mês.

A partir desse ponto, a velocidade cairá para 128 quilobits por segundo (kbps). O plano de universalização do acesso à banda larga, porém, prevê que a velocidade das conexões deve chegar a 5 Mbps até meados de 2014.

Para o diretor de Marketing da operadora, Rogerio Takayanagi, as dificuldades que a TIM possuía em alcançar municípios do interior do Brasil devem ser superadas graças ao acordo.

O presidente da Telebrás, Caio Bonilha, adiantou que outras oito cidades do Estado de Tocantins contarão com o plano da operadora em breve, e outras companhias devem firmar contratos com a estatal nos próximos meses.

Eletronorte. Bonilha também comemorou o acordo firmado com a Eletronorte, que deve acelerar o atendimento da Região Norte pelo programa de universalização do acesso à banda larga.

"Poderemos realizar uma antecipação do atendimento, que não estava prevista no orçamento da companhia deste ano, que é apertado", disse o executivo. "Vamos fazer acordos com várias empresas e evitar construir infraestrutura onde já existe", completou.

Já o diretor-presidente da Eletronorte, Josias Matos de Araújo, afirmou que o acordo com a Telebrás e outras operadoras para o fornecimento da banda larga popular poderá diminuir a tarifa de energia cobrada pela companhia aos consumidores.

"A cada quatro anos a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) leva em conta outros negócios que temos para determinar a modicidade tarifária", concluiu.

Além da TIM, outras operadoras como Oi, Telefônica, Vivo, Sercomtel e Algar também já firmaram contratos no âmbito do PNBL, mas com o Ministério das Comunicações e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).