Título: Entidade de classe alega anseio social
Autor: Kattah, Eduardo
Fonte: O Estado de São Paulo, 05/02/2012, Nacional, p. A8

O argumento principal das entidades que representam os magistrados e os procuradores federais é de que a criação dos novos TRFs representa um "anseio social". "É inadmissível, por exemplo, que Minas Gerais, que tem a segunda maior distribuição de processos do País, não tenha um tribunal. Grande parte do narcotráfico internacional entra pelo Amazonas e não existe presença de Justiça Federal de segundo grau lá", destacou o presidente da Ajufe, Gabriel Wedy.

Para Alexandre Camanho, presidente da ANPR, a medida significa um caminho natural e um aprimoramento da Justiça Federal". Segundo ele; os cinco TRFs "já não comportam mais o número de recursos que chegam até eles".

CNJ. A Secretaria da Reforma, do Judiciário, do Ministério da Justiça, alegou que ainda discute o assunto e por isso não iria se pronunciar. Sérgio Rabello Tamm Renault, ex-titular da secretaria durante a aprovação da Emenda Constitucional 45/04, que promoveu a chamada Reforma do Judiciário, é categórico:

"Quem tem que decidir esse tipo .de coisa é o CNJ", afirma. "O CNJ foi criado para isso. Não dá para tratar uma questão dessas sem ter uma opinião do CNJ, que foi criado para organizar o Judiciário no Brasil e essa questão dos TRFs faz parte disso."

O conselho informou que não iria se pronunciar.