Título: Mantega afirma que gostou do desfecho do caso GM
Autor: Silva, Cleide
Fonte: O Estado de São Paulo, 07/08/2012, Economia, p. B3

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, mostrou-se satisfeito com o acordo firmado pela General Motors e representantes dos metalúrgicos da fábrica da empresa em São José dos Campos (SP), que ameaçava com demissão em massa.

Ontem, ele voltou a mandar recado para as empresas que firmaram pactos com o governo para serem beneficiadas por isenções fiscais e que prometeram em troca não dispensar empregados.

"Gostei do desfecho na GM em São José dos Campos porque as demissões que tinham sido anunciadas não se verificarão", comentou o ministro em São Paulo. "Eu estava começando a ficar preocupado porque se até agora o saldo da indústria automobilística era positivo, eu não queria que ocorresse algo que pudesse ameaçar isto para o futuro", acrescentou.

"A indústria automobilística, além de registrar um bom desempenho nas vendas, também tem de garantir a não demissão. Isso é um acordo importante. O governo federal tem de ficar vigilante para que essa cláusula seja cumprida", disse.

Mantega disse ainda que "o governo está fiscalizando para que não haja demissões em todos os setores que fizeram acordos de redução de tributos. Isso vale para linha branca, móveis e etc. Não podemos ter demissões no Brasil".

No início da semana passada, após receber dirigentes da GM, Mantega havia dito que o saldo de emprego no setor automotivo era positivo e que não olharia o problema da GM isoladamente. Após receber críticas de sindicalistas, na sexta-feira mudou o discurso afirmando que não iria tolerar o descumprimento nos acordos de não demissão dos setores beneficiados pela redução de IPI. No sábado, a GM firmou acordo com os metalúrgicos para evitar a demissão imediata de 1.840 funcionários que ela considera excedentes na fábrica que emprega 7,5 mil trabalhadores.