Título: Marta aceitará gravar para Haddad, mas com condições
Autor: Bramantti, Daniel
Fonte: O Estado de São Paulo, 27/08/2012, Nacional, p. A4/5

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) aceitará gravar mensagem de apoio ao candidato do PT à Prefeitura, Fernando Haddad, no horário eleitoral. Mas, para isso, se recusa a ter de ficar ao lado do deputado Paulo Maluf (PP-SP) em campanha. Sua decisão será comunicada ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem almoça hoje.

Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff pediu sua ajuda a Haddad. Nas duas conversas no Planalto, pediu que apresentasse o ex-ministro da Educação aos eleitores de São Paulo. Na zona leste, ele tem perdido votos para Celso Russomanno (PRB).

Desde que teve de desistir de se candidatar em favor de Haddad, a senadora se nega a participar da campanha petista. Quando, em junho, foi fechada aliança com Maluf, cujo nome está no alerta vermelho da Interpol (Polícia Internacional), a resistência de Marta se agravou. "Pensava que teria pesadelos com o (prefeito Gilberto) Kassab. Imagine agora com o Maluf", disse à época.

'Falta ética'. O candidato à Prefeitura Celso Russomanno (PRB) criticou a iniciativa do PSDB de contratar "visitadores" para abalar sua imagem. "Falta ética na política", declarou.

O Estado mostrou ontem a estratégia tucana para isolar José Serra no topo das intenções de voto - ele divide a liderança com Russomanno. Cabos eleitorais exaltam, em locais estratégicos, os feitos de Serra. E questionam o preparo dos demais candidatos, com foco em Russomanno: "O que o Russomanno já fez? Você sabe?".

O candidato do PRB assegura que a ofensiva tucana não lhe abalará. "Continuaremos andando pelas ruas, ouvindo as pessoas e traduzindo isso através dos microfones", disse, em evento no Clube de Regatas do Tietê.

Serra não comentou o caso. Na feira comemorativa do Dia da Cultura Coreana, no Bom Retiro, destacou a intenção de estimular o turismo de compras e fez promessas. "Vamos providenciar equipamentos que o caracterizem como um bairro coreano, bem como o da Liberdade está ligado ao Japão."