Título: Para operadoras, selo vai estimular concorrência
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Fonte: O Estado de São Paulo, 01/01/2013, Vida, p. A11

A ideia de criar indicadores para avaliar os hospitais e criar um se­lo de qualidade foi bem recebida pela Federação Brasileira dos Hospitais (FBH) e pelas opera­doras de saúde representadas pe­la Associação Brasileira de Medi­cina de Grupo (Abramge) e pela Federação Nacional da Saúde Su­plementar (Fenasaúde).

Para as entidades, mesmo o programa não sendo obrigatório para os hospitais independen­tes, com o tempo ele vai estimu­lar a concorrência entre eles.

"À medida que os indicadores de cada hospital forem publica­dos, abuscapor melhorar a quali­dade será automática. No futu­ro, mesmo não sendo obrigató­rio, acabará adotado porque nin­guém vai querer ficar sem o se­lo", avalia Eduardo de Oliveira, secretário geral da FÈH.

Oliveira diz que a entidade sempre apoiou medidas de acreditação dos hospitais. A FBH é uma das fundadoras da Organi­zação Nacional de Acreditação, que há 10 anos avalia a qualidade dos hospitais - já são 400 unida­des acreditadas.

José Cechin, diretor executi­vo da Fenasaúde, diz que a inicia­tiva da ANS é tão importante quanto os processos de acredita­ção. "O que se pretende com es­se movimento é melhorar a quali­dade dos serviços prestados e, além disso, dar poder para o usuário do plano escolher a me­lhor operadora com base em cri­térios objetivos", diz.

Para Cechin, o programa da ANS vai provocar uma competi­ção entre hospitais. "Os mecanis­mos de concorrência vão induzir o prestador a aderir ao programa por causa do mercado", diz.

Arlindo de Almeida, presiden­te da Abramge, também apoia a iniciativa, mas diz que muitos hospitais terão problemas para se adequar se quiserem continua rno mercado. "Já existem ou­tras acreditações, mas o número de hospitais qualificados ainda é muito pequeno. Com a divulga­ção dos resultados, os bons vão fazer propaganda e os outros te­rão de correr atrás", diz.

Para ele, a divulgação dos da­dos para os usuários é fundamen­tal. "Tudo se baseia na publicacão dos dados. Só assim os indicadores vão melhorar."

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