Título: INTERURBANO DE FIXO PARA CELULAR SUBIRÁ 7,99%
Autor: Mônica Tavares
Fonte: O Globo, 23/03/2006, Economia, p. 29

Anatel autorizou ontem o reajuste. Operadoras de telefonia podem anunciar novos valores já no fim de semana

BRASÍLIA. As ligações interurbanas de telefones fixos para celulares vão aumentar 7,99%. O reajuste foi autorizado ontem pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), embora devesse ter ocorrido em fevereiro, data-base deste tipo de chamada. Para começar a cobrar o reajuste dos consumidores, as operadoras de telefonia devem publicar as novas tarifas 48 horas antes do início de vigência da tabela, assim que a autorização for publicada no Diário Oficial da União. Com isso, é provável que o reajuste passe a vigorar já neste fim de semana.

O último aumento das tarifas foi aprovado pela Anatel em 6 de fevereiro de 2004. O percentual de aumento chegou a 6,99%. As ligações locais entre telefones fixos e móveis já haviam sido reajustadas em 7,99% em 8 de junho do ano passado. O aumento de 2005 está acontecendo agora.

Desde fevereiro do ano passado, a Anatel vem segurando o aumento das tarifas porque as empresas de telefonia fixa e móvel não entravam em acordo sobre o valor das tarifas de interconexão, que são os valores pagos por uma companhia à outra pela utilização da rede fixa ou móvel. O custo dessa tarifa tem peso no reajuste das contas dos consumidores.

No fim do ano passado, as concessionárias de telefonia fixa enviaram à agência documento pelo qual concordavam em reajustar provisoriamente as tarifas de uso de rede para as chamadas interurbanas em 4,5%. Os valores finais destas tarifas ainda serão arbitrados pela Anatel.

A demora em ser editado um novo aumento das ligações interurbanas entre fixos e móveis ocorreu porque, até o reajuste de 2004, a Anatel determinava o reajuste da tarifa de interconexão. Mas houve uma mudança de regras e este aumento passou a ser negociado livremente entre as empresas fixas e móveis.

O reajuste é referente ao período de dezembro de 2003 a dezembro de 2004, quando a variação do Índice Geral de Preços (IGP-DI), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), foi de 12,13%.