Título: NO RIO, UM GOVERNADOR INSPIRADO EM MINAS, DE AÉCIO
Autor: Cássio Bruno
Fonte: O Globo, 30/10/2006, O País, p. 23

Duzentas mãos trabalharam no programa de governo

Um programa de governo construído a 200 mãos ou mais. Os colaboradores de Cabral foram mais de cem, de acordo com o principal deles, o suplente do senador, Régis Fitchner. Eles foram chamados para reuniões que aconteceram antes do início da campanha, a maior parte delas no Hotel Marina, no Leblon. Técnicos de várias áreas ¿ muitos deles que defendem projetos opostos ¿ eram convidados a expor suas idéias à equipe que acompanha o candidato desde a época em que era presidente da Alerj.

A estratégia de Cabral para montar seu projeto de governo apoiando-se em idéias de diferentes correntes se explicava por dois motivos: seus assessores afirmam que ele é centralizador e não ficaria sujeito a ter alguma espécie de guru, e, por causa das alianças, não queria que os colaboradores fossem apontados como secretários.

A segurança foi a área na qual Cabral teve mais dificuldades. Pelo menos 15 pessoas foram ouvidas. O senador visitou os comandantes das Forças Armadas no estado. Técnicos que trabalham no governo, como o coordenador do programa Delegacia Legal, Cesar Campos, também foram ouvidos.

Mesmo sendo apoiado pela governadora Rosinha Garotinho, do mesmo partido, Cabral tem como meta fazer uma administração nos moldes da do governador de Minas, o tucano Aécio Neves. O senador foi com sua equipe três vezes a Minas Gerais para conhecer o processo de gerenciamento e de informatização da administração.