Título: Governo negocia acesso mais barato à internet
Autor: Tavares, Mônica
Fonte: O Globo, 09/12/2006, Economia, p. 39

Ministério discute com empresas de telefonia fixa criação de plano especial com 15 horas mensais, por R$7,50

BRASÍLIA. O governo e as empresas de telefonia fixa decidiram retomar a discussão sobre um plano especial de ligações para atender aos internautas que utilizam a linha discada (telefone comum) para acessar a rede.

A idéia é que o usuário pague a assinatura mensal do telefone e um valor adicional de R$7,50, com impostos. Isto daria direito a dez horas por mês de ligações para conexão. Mas o governo quer aumentar para 15 o número de horas mensais.

¿ Será um plano alternativo específico para a internet e vai beneficiar especialmente aqueles que estão comprando o computador popular. Com esta proposta, nós vamos viabilizar a ligação pela linha telefônica por um preço bem baixo e razoável ¿ informou o ministro das Comunicações, Hélio Costa.

Costa quer novidade em vigor em março de 2007

O ministro está otimista e acredita que na próxima semana conseguirá fechar um acordo com as concessionárias. A proposta das operadoras é que o novo plano esteja disponível a partir de julho do próximo ano, mas o governo quer antecipar a novidade para março, quando as ligações começam a ser medidas por minuto.

De acordo com a proposta, o cliente teria direito também à tarifa reduzida, quando ele paga somente um pulso por ligação, além das 15 horas mensais. Esta tarifa reduzida vale de segunda a sexta-feira, da meia-noite às 6h. Nos fins de semana, o período com tarifa mais baixa vai das 14h de sábado até as 6h de segunda-feira.

O consumidor vai pagar a assinatura mensal ¿ de R$41,03 (já embutida a carga tributária) no caso do Rio de Janeiro ¿ mais os R$7,50 (também com impostos). Isto significa um total de R$48,53. A concessionária consegue identificar as ligações para a internet, porque existem números específicos para os provedores de acesso.

Deverão ser beneficiados pelo programa principalmente as pessoas que compraram os chamados computadores populares ¿ com preços até R$1.400 e software livre. Estes equipamentos são financiados em até 24 vezes e têm isenção de PIS/Cofins. Este ano deverão ser comercializados em todo o país cerca de oito milhões de computadores. Deste total, metade deverá ser vendida no mercado forma