Título: Santa Catarina lidera ranking de 5ª a 8ª série
Autor: Weber, Demétrio
Fonte: O Globo, 26/04/2007, O País, p. 4

No ensino médio, estado divide liderança com Rio Grande do Sul e Minas, que tem melhor média de 1ª a 4ª.

BRASÍLIA. Santa Catarina lidera o ranking dos estados com melhor Ideb da rede pública, entre alunos de 5ª a 8ª série e do ensino médio, com notas médias de 4,1 (na escala de 0 a 10). No ensino médio, o estado, com notas médias 3,5, divide a liderança com Minas Gerais e o Rio Grande do Sul. Entre as turmas de 1ª a 4ª série, Minas Gerais está à frente, com 4,6. A melhor posição do Rio de Janeiro é a sétima, com nota 4, entre as escolas de 1ª a 4ª série.

Os rankings consideram as escolas municipais, estaduais e federais. Nos rankings em que é contabilizado o desempenho das redes públicas e particular, o Distrito Federal lidera na primeira etapa do ensino fundamental com 4,8, seguido de São Paulo e Minas com 4,7, enquanto Santa Catarina está à frente na segunda etapa do ensino fundamental, com 4,3.

O Ideb é calculado com base nos resultados da Prova Brasil e das taxas de aprovação. É a síntese de dois eixos: a aprendizagem e o fluxo escolar, isto é, a progressão de série. Assim, estados que tiveram melhor desempenho na Prova Brasil, por exemplo, podem ficar atrás de outros que, apesar do pior resultado, apresentam taxas mais elevadas de aprovação.

Amazonas em último lugar no Ideb da rede pública

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Reynaldo Fernandes, destaca que, do ponto de vista do governo, o melhor é garantir que os estudantes aprendam e avancem de série. Como disse o ministro Fernando Haddad na solenidade de lançamento do plano anteontem, a idéia é acabar com a indústria da repetência sem, no entanto, dar lugar à indústria da progressão automática, em que os alunos passam de ano sem aprender.

O Amazonas está em último lugar no Ideb da rede pública de ensino médio, com nota 2,3. O Piauí está em penúltimo lugar, com nota média 2,4. Fernandes diz que os estados em pior situação terão que apresentar progressos mais rápidos, pois é mais fácil melhorar o indicador quando se parte de baixo:

¿ Quanto mais alto o Ideb, mais difícil aumentar o índice.