Título: Senado prevê reduzir em R$5 milhões contrato com empresas terceirizadas
Autor: Lima, Maria; Vasconcelos, Adriana
Fonte: O Globo, 17/07/2009, O País, p. 8

Atualmente, Casa paga R$17 milhões por ano pelo serviço de limpeza.

BRASÍLIA. O Senado pretende reduzir em pelo menos R$5 milhões o valor dos contratos que mantém com três empresas de limpeza e conservação, que somam R$17 milhões por ano e empregam cerca de 500 funcionários terceirizados. Edital para nova licitação definirá não mais a contratação de terceirizados, mas o serviço de limpeza e conservação para uma área de cerca 220 mil metros quadrados. Inclui não só as dependências do Senado, como a área externa dos apartamentos funcionais e a residência oficial do presidente.

Caberá à empresa contratada definir o número de servidores necessários, que passarão a receber o salário definido pela categoria em convenção, de R$508, e não mais os R$980 pagos hoje. As empresas que atualmente prestam serviço de limpeza no Senado são a Aval Empresa de Serviços Especializados Ltda, a Sublime Serviços Gerais Ltda e a Fiança Serviços Gerais Ltda. A intenção é concentrar tudo num único contrato.

O corte nos salários pagos aos terceirizados da área de limpeza e conservação garantirá economia mensal de R$236 mil. Isso se forem mantidos os 500 terceirizados que hoje prestam serviço no Senado, Gráfica e Prodasen. No ano, a redução de gastos com os salários chegaria a quase R$3 milhões. O novo edital determinará ainda redução significativa no valor do vale-alimentação que o Senado está disposto a pagar: dos atuais R$20 por dia para R$8. A economia por ano seria de mais R$2,1 milhões.

Dos quatro contratos de limpeza e conservação mantidos por Senado, Gráfica e Prodasen, a Fiança é a responsável por dois deles: um no valor de R$3 milhões e outro de R$11 milhões. A comissão que auditou esses dois contratos identificou irregularidades: pelo menos 36 profissionais do quadro de contratados pela empresa estavam lotados em setores não previstos no objeto do contrato. Isso reforça a suspeita de que senadores e diretores usam essas vagas para parentes e amigos.