Título: Tucanos defendem senador
Autor: Brígido, Carolina
Fonte: O Globo, 05/11/2009, O País, p. 3

Azeredo evita comentar voto de Joaquim: "Decisão ainda é parcial"

BRASÍLIA. O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) disse que vai esperar a conclusão do voto e a deliberação dos demais ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para se manifestar. Ele disse ainda acreditar numa mudança da situação, com a conclusão do voto e a posição dos demais ministros:

- A decisão ainda é parcial. O ministro Joaquim Barbosa ainda nem terminou o voto dele, e então não sou eu que vou me manifestar agora.

Líderes tucanos tentam evitar que os adversários associem o voto do ministro Joaquim Barbosa, no julgamento do mensalão mineiro, ao escândalo do mensalão do PT. O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse que há uma tentativa dos petistas de usar o caso para desviar o foco do que chamou de verdadeiro mensalão.

- Não concordo com a decisão. Reitero minha confiança na integridade do senador Azeredo. Não conheço ninguém mais honrado do que o senador. Digo e repito isso 20 vezes .

O tucano disse que não se pode dizer que Azeredo fez em Minas o que o PT fez no mensalão:

- Basta apurar o que o senador Azeredo faz no seu mandato, e o que o Zé Dirceu faz pelo país. O PT não pode usar isso na campanha, comparar. Esse é o principal argumento do PT para tirar o mensalão de suas costas.

Já o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), disse que o PSDB agora está na mesma situação dos que tiveram que se defender no mensalão do PT, que ele atribui a um vício do sistema de financiamento das campanhas no Brasil.

- Não vou dizer que o PSDB está provando do próprio veneno. Isso ia parecer uma rixa. O sistema de financiamento privado coloca todos os partidos em permanente risco de deslize de pessoas que acabam contaminando o partido - disse Berzoini.

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) também rechaçou a comparação:

- É uma coisa completamente diferente do mensalão do PT.