Título: Valores e transparência questionados
Autor: Beck, Martha
Fonte: O Globo, 16/07/2010, Economia, p. 34

Responsável por recolher os pagamentos por direitos autorais e fazer o seu repasse aos artistas, o Ecad tem sido visto como um problema. A principal crítica dos autores e de quem paga pelas execuções das músicas é de que o escritório cobra demais e repassa de menos e não tem transparência na hora de mostrar suas operações aos interessados.

Os que tocam e executam suas composições em locais públicos como bares, blocos de carnaval, casas de festas e clubes reclamam que o rigor que se tem na exigência do pagamento não se reflete na hora da triagem do repasse, quando se calcula o montante de cada autor. Muitos acabam se sentindo prejudicados, pois fica a impressão de que boa parte dos seus direitos acaba entrando em um bolo geral e que o pagamento final é feito por amostragem, sem que os mais executados ganhem mais por seu sucesso.

Também existem as reclamações contra as taxas de administração cobradas pelo Ecad. Com o crescimento da arrecadação, sempre alardeado pelo escritório, esperava-se uma redução, que não aconteceu. Hoje, de cada R$100 reais arrecadados, R$24,5 são usados nos custos do Ecad.