Título: Resultado será conhecido ainda hoje
Autor: Brígido, Carolina; Braga, Isabel
Fonte: O Globo, 03/10/2010, O País, p. 40

Para votar, o eleitor terá de apresentar um documento oficial com foto; TSE recomenda que se leve cola

BRASÍLIA. Ainda hoje, os brasileiros conhecerão o resultado das eleições para presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais ou distritais.

A previsão é que quase 100% dos votos estarão apurados até o fim do dia. Normalmente, os últimos votos incluídos na apuração são de urnas instaladas em aldeias indígenas e municípios de difícil acesso da Amazônia. No entanto, esses poucos votos não serão empecilho para saber os casos nos quais será necessário ou não um segundo turno.

Segundo o TSE, as eleições deste ano custarão R$ 480 milhões ¿ R$ 3,56 por eleitor. O custo é inferior aos R$ 450 milhões gastos em 2006 (R$ 3,58 por eleitor) e aos R$ 495 milhões de 2002 (R$ 4,31 por eleitor).

No gasto deste ano está incluída a aquisição de sistemas de transmissão de dados via satélite.

O mecanismo permite que eleitores de locais remotos possam ter seus votos computados poucas horas após o encerramento das eleições. Também há o gasto com as urnas biométricas, com leitura da impressão digital do eleitor. Neste ano, mais de um milhão de eleitores de 60 municípios votarão nos equipamentos. A expectativa da Justiça Eleitoral é de que, até 2017, todo o eleitorado esteja cadastrado biometricamente.

Das 8h às 17h, 135.804.433 milhões de eleitores são aguardados nas urnas. Desse total, mais de 200 mil brasileiros votarão para presidente no exterior.

Além disso, 80 mil pediram para votar em trânsito (fora do domicílio eleitoral) no primeiro turno e 76 mil, no segundo turno. Entraram na disputa mais de 22 mil candidatos. A estrutura é grandiosa: 477 mil urnas estarão a postos e 2,1 milhões de mesários trabalharão no domingo.

Celular e câmera são proibidos nas cabines Primeiro o eleitor terá de teclar o número do deputado estadual ou distrital, com cinco dígitos.

Depois vem o deputado federal, com quatro dígitos; dois senadores, com três dígitos cada; governador, com dois dígitos; e presidente da República, com dois dígitos. Para candidatos à eleição majoritária, aparecerá na urna também o nome e a foto de suplentes e vices.

Para votar, é necessário apresentar um documento oficial com foto ¿ como carteira de identidade, carteira de motorista, carteira de trabalho, passaporte ou certificado de reservista.

Certidão de nascimento ou CPF não serão aceitos. Convém levar também o título de eleitor.

No entanto, se for apresentado apenas este documento, a pessoa será impedida de votar.

Segundo o TSE, o eleitor levará menos de um minuto para votar.

O tribunal incentiva que o eleitor leve ¿cola¿ com os números dos candidatos. E mandou imprimir 54 milhões de colas para que o eleitor leve de casa os números de seus escolhidos, para facilitar a votação. É proibido entrar na cabine de votação com celular, câmera ou equipamentos eletrônicos. Para garantir a segurança, o TSE aprovou o envio de militares a 253 municípios.

Até 48 horas depois do dia da votação, nenhum eleitor pode ser preso, com exceção de flagrante delito ou por sentença condenatória por crime inafiançável.

O TSE fez campanha de esclarecimento no rádio, na TV e na internet sobre como evitar e denunciar tentativa de compra de votos, a importância de pesquisar o passado dos candidatos, as funções de cada cargo e o passo a passo de como votar.