Título: País pode adotar medidas de reciprocidade
Autor: Oliveira, Eliane
Fonte: O Globo, 14/07/2012, Economia, p. 25

A indústria brasileira, que várias vezes abriu mão de rentabilidade em favor da Argentina, quer que o governo tome medidas efetivas e responda à altura ao país asiático. Usar a reciprocidade, como tem sido feito nos últimos anos, seria um caminho.

Domingos Mosca, diretor da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções (Abit), disse que, em 2005, a participação do vestuário brasileiro nas importações argentinas era de 22,67%, e a dos chineses, de 6,1%. Hoje, o percentual de confecções da China saltou para 58,8%, e o do Brasil caiu para 3,68%.

- Nosso governo continua praticando a paciência estratégica, levando em conta a situação difícil da economia argentina. Esperamos que sejam tomadas medidas de reciprocidade - disse Mosca.

Tanguy Baghdadi, coordenador do Clio Internacional, grupo de pós-graduação em política externa e negócios, ressaltou que a China já está tomando o lugar do Brasil na América Latina. Há poucos anos, o Brasil ficava apenas atrás dos EUA, agora os chineses estão em segundo lugar. (Eliane Oliveira)