Título: Salário sobe mais que produtividade e puxa inflação em serviços
Autor: Villaverde, João
Fonte: Valor Econômico, 30/05/2011, Brasil, p. A4

De São Paulo

O ritmo de crescimento dos salários e da produtividade é distinto entre os setores da economia - mas é no setor de serviços, onde a inflação mais cresce, que a discrepância é maior e mais preocupante. Levantamento do Banco Central (BC) mostra que no conjunto da economia, os salários médios reais cresceram 10,7% e a produtividade 3,1% entre 2007 e 2010, abrindo uma diferença de 6,7 pontos percentuais entre os dois indicadores, que sobe para 8,5 pontos no setor de serviços. Por outro lado, a produtividade no setor de agropecuária cresceu 3,8 pontos percentuais acima dos ganhos salariais, descontada a inflação do período.

O estudo foi publicado no último boletim regional do BC. Os técnicos levaram em conta indicadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relativos ao volume do valor adicionado por setor no conjunto do Produto Interno Bruto (PIB), ao rendimento médio real e ao número de horas pagas a cada trabalhador. Foram levantadas seis categorias - agropecuária, indústria química, indústria de alimentos, comércio, transportes, e serviços - e os técnicos explicam que o objetivo foi investigar "possíveis pressões sobre preços derivadas dos aumentos dos custos de produção associadas ao trabalho". O texto explica que alguns setores, como fabricação de veículos e construção civil, foram desconsiderados no estudo devido à "reduzida participação do fator trabalho nos custos de produção".

No segmento agropecuário, onde os técnicos do BC verificaram a maior distância entre os ganhos de produtividade e os salários - 9,7% e 5,8%, respectivamente, entre 2007 e o ano passado -, foi a forte inserção do setor no mercado externo. Segundo Marcos Costa Lima, professor na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), o agronegócio foi impulsionado pela "explosão de preços das commodities, a partir de 2007" a investir em incrementos na produção.

O ritmo de crescimento dos salários e da produtividade é distinto entre os setores da economia - mas é no setor de serviços, onde a inflação mais cresce, que a discrepância é maior e mais preocupante. Levantamento do Banco Central (BC) mostra que no conjunto da economia, os salários médios reais cresceram 10,7% e a produtividade 3,1% entre 2007 e 2010, abrindo uma diferença de 6,7 pontos percentuais entre os dois indicadores, que sobe para 8,5 pontos no setor de serviços. Por outro lado, a produtividade no setor de agropecuária cresceu 3,8 pontos percentuais acima dos ganhos salariais, descontada a inflação do período.

O estudo foi publicado no último boletim regional do BC. Os técnicos levaram em conta indicadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relativos ao volume do valor adicionado por setor no conjunto do Produto Interno Bruto (PIB), ao rendimento médio real e ao número de horas pagas a cada trabalhador. Foram levantadas seis categorias - agropecuária, indústria química, indústria de alimentos, comércio, transportes, e serviços - e os técnicos explicam que o objetivo foi investigar "possíveis pressões sobre preços derivadas dos aumentos dos custos de produção associadas ao trabalho". O texto explica que alguns setores, como fabricação de veículos e construção civil, foram desconsiderados no estudo devido à "reduzida participação do fator trabalho nos custos de produção".

No segmento agropecuário, onde os técnicos do BC verificaram a maior distância entre os ganhos de produtividade e os salários - 9,7% e 5,8%, respectivamente, entre 2007 e o ano passado -, foi a forte inserção do setor no mercado externo. Segundo Marcos Costa Lima, professor na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), o agronegócio foi impulsionado pela "explosão de preços das commodities, a partir de 2007" a investir em incrementos na produção.