Título: Cardif recebe autorização da Susep para atuar em ramos elementares
Autor: Silva Júnior, Altamiro
Fonte: Valor Econômico, 29/08/2006, Finanças, p. C3

A Cardif, seguradora do grupo francês BNP Paribas, resolveu expandir suas operações no Brasil. A companhia recebeu na sexta-feira autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para atuar em ramos elementares.

Os planos da Cardif são oferecer seguros de garantia estendida (que aumenta a tradicional garantia oferecida por fabricantes de eletrodomésticos e móveis) e apólices de perda e roubo de cartões de crédito, disse seu presidente, Ricardo Braga.

Hoje, cerca de 80% das operações da Cardif vêm do seguro prestamista (que garante o pagamento de parcelas de empréstimos e financiamentos).

A Cardif já trabalhava com seguro de garantia estendida, mas apenas com o Magazine Luiza e por meio de uma empresa específica. No início do ano, as duas companhias criaram a Luizaseg, para oferecer somente este tipo de apólice e que recebeu autorização da Susep na semana passada. Nos primeiros seis meses de operação, as vendas de garantia estendida para eletroeletrônicos subiram 28%; nos móveis, cresceu 31%.

Agora, segundo Braga, o seguro de garantia estendida será oferecido para os outros 16 parceiros da Cardif, que incluem o Carrefour. A seguradora também quer aumentar a oferta de produtos do ramo vida, com apólices de proteção individual e familiar. "A estratégia é diversificar e ampliar o número de produtos e clientes", diz. A garantia estendida passou a ser regulamentado pela Susep no ano passado. Segundo dados da Susep, os prêmios no segmento somaram R$ 869 milhões no primeiro semestre, alta de 39% em comparação a igual período de 2005. Segundo levantamento da Cardif, entre as cem maiores redes varejistas do país, 42 oferecem garantia estendida.

"O varejo é um dos principais braços na distribuição dos seguros e também de outros produtos financeiros", diz Braga.

Amanhã, Braga participa do "C4 - Congresso de Cartões e Crédito ao Consumidor". Ele vai contar como foi a criação da Luizaseg e como o setor de seguros pode se aproveitar do varejo para crescer. (ASJ)