Título: Teto em três anos
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 08/11/2007, Agronegócio, p. B12

As cotações da soja voltaram ao maior patamar dos últimos três anos ontem na bolsa de Chicago, sustentadas pelos mesmos fundamentos "altistas" já sinalizados pelo último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre oferta e demanda de grãos naquele país e no mundo - demanda internacional aquecida e estoques globais magros. Previsões de baixas temperaturas em área do Meio-Oeste americano também ofereceram suporte aos preços. Os contratos com vencimento em novembro subiram 13,75 centavos de dólar, para US$ 9,6850 por bushel, enquanto janeiro fechou a US$ 9,8350, com salto de 14,25 cents. No Brasil, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 60 quilos negociada no Paraná subiu 0,88% e alcançou R$ 38,95.

Seca volta a preocupar

Os preços futuros do café fecharam ontem com forte aumento, nas bolsas internacionais, alcançando a maior cotação dos últimos oito meses e meio, impulsionados por compras de fundos. Analistas ouvidos pela agência Dow Jones disseram que os traders estão preocupados com a estiagem em algumas regiões produtoras de café do país. O temor é de que a seca se estenda até novembro e prejudique os cafezais. O mês de setembro é crucial para o desenvolvimento das floradas. Na bolsa de Nova York, os contratos para dezembro encerraram a US$ 1,2790 a libra-peso, elevação de 690 pontos. Em Londres, os contratos para novembro fecharam a US$ 1.985 a tonelada, alta de US$ 45. Em São Paulo, a saca de 60 quilos do café fechou a R$ 262,85, alta de 2,9%, segundo o índice Cepea/Esalq.

Estiagem na Austrália

Previsões meteorológicas que sinalizaram que a estiagem que castiga as lavouras australianas vai continuar ofereceram suporte as cotações do trigo ontem nas bolsas americanas. Em Chicago, os contratos para entrega em dezembro atingiram US$ 8,75 por bushel, em alta de 29 centavos de dólar - mesma variação observada para igual vencimento (dezembro) na bolsa de Kansas, que encerrou a sessão negociado a US$ 8,58 por bushel. Traders ouvidos pela Dow Jones Newswires notaram que será preciso muita chuva, e no curtíssimo prazo, para limitar os danos climáticos na Austrália. No país, mais um dia de alta no Paraná. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura do Estado, a saca de 60 quilos chegou a R$ 35,09

De carona com a soja

A forte valorização da soja e um movimento de compras técnicas determinaram a alta das cotações do milho ontem na bolsa de Chicago. Os futuros para entrega em setembro encerraram o pregão a US$ 3,3650 por bushel, com ganho de 5,50 centavos de dólar, ao passo que dezembro subiu 2,25 cents e atingiu US$ 3,49. Março, por sua vez, fechou a US$ 3,66, um salto também de 2,25 cents. Conforme traders ouvidos pela Dow Jones Newswires, a falta de interesse dos vendedores também colaborou para a sustentação observada. No mercado doméstico, o indicador Esalq/BM&F para a saca de 60 quilos do grão registrou variação positiva de 0,28% e chegou a R$ 27,56. No acumulado deste mês de setembro, com isso, a alta do índice já chega a 15,41%.

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