Título: CSN anuncia reajustes de preços de até 13,5%
Autor: Rosas , Rafael
Fonte: Valor Econômico, 12/03/2008, Empresas, p. B9

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anunciou ontem que poderá fazer novo reajuste de preços do aço até junho devido ao aumento de custos registrado na cadeia de produção de aço. Por isso e pela forte demanda, a siderúrgica elevou no início de março os preços da folha metálica em 6% e a partir do próximo dia 18 altas de 13,5% para o laminado a quente, de 8,5% para laminado a frio e de 3,5% para chapa zincada.

De acordo com Luiz Fernando Martinez, diretor comercial da CSN, a alta de cerca de 70% para o minério de ferro e de estimados 100% para o carvão, somados ao frete e outros insumos, significariam a necessidade de reajuste de US$ 150 a US$ 200 por tonelada para as bobinas a quente. Atualmente, uma tonelada do produto oscila entre US$ 940 e 980.

"Os 13,5% de reajuste que estamos colocando na bobina a quente em 18 de março não recuperam ainda o aumento de custos que enfrentamos. Então, deverá haver uma segunda perna de aumento e isso deve ser anunciado até o fim do mês ou no começo do próximo", afirmou. Ele disse que o novo reajuste ainda não tem data definida, mas deve ocorrer na segunda quinzena de maio ou início de junho. O percentual não foi definido, mas poderá ser de 8% para a chapa laminada a quente.

O minério de ferro também deve gerar boa receita para a CSN este ano. O diretor-executivo de mineração, Juarez Saliba, estima que a receita com esse negócio para terceiros pode atingir US$ 2 bilhões, gerando uma margem lajida (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) entre US$ 1,1 bilhão e US$ 1,2 bilhão.

Ontem, a siderúrgica controlada pelo grupo Vicunha anunciou receita líquida de R$ 11,4 bilhões, aumento de 27% sobre 2006, e lucro líquido de R$ 2,9 bilhões, com alta de 150%. As vendas somaram 5,4 milhões de toneladas 1 milhão a mais que no ano anterior). O resultado operacional (lajida), alcançou R$ 4,87 bilhões.