Título: Aposentados pegam mais empréstimos
Autor: Cristino, Vânia
Fonte: Correio Braziliense, 12/03/2011, Economia, p. 10

Apesar da desaceleração da economia, aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão confiantes de que conseguirão pagar suas dívidas bancárias. Em janeiro passado, eles pegaram nos bancos empréstimos com desconto em folha de R$ 2,29 bilhões. Esse valor, segundo o INSS, é cerca de 3% inferior ao montante de crédito consignado realizado em dezembro (R$ 2,36 bilhões), mas representa um aumento de 4,11% em relação aos empréstimos contratados em janeiro de 2010, que somaram R$ 2,2 bilhões.

Para os técnicos do setor, o mês de dezembro não pode servir de base. Isso porque, pressionados pelas festas de fim de ano, os consumidores demandaram mais crédito. Desde março de 2009, quando o INSS voltou a permitir que o segurado comprometesse 30% do valor da aposentadoria ou pensão com o pagamento mensal das parcelas do financiamento obtido, as operações estão em patamares elevados.

Só a parcela que antes de março de 2009 só poderia ser feita via cartão ¿ limitada a 10% ¿ é que está em declínio. Isso acontece porque o empréstimo consignado obtido por meio do dinheiro de plástico é mais caro. A taxa de juros chega a 3,36% ao mês. Já no tomado em folha, a taxa de juros máxima mensal é de 2,34%. ¿Os segurados só utilizavam o cartão quando só podiam pegar 20% em folha. Agora que têm acesso aos 30%, o uso do cartão é marginal¿, admitiu um técnico.

Pelos dados divulgados pela Previdência Social, do total de operações de empréstimo pessoal e com cartão de crédito realizadas em janeiro último, 660.715 foram efetuadas por segurados com renda de até um salário mínimo. Esses aposentados e pensionistas pegaram um total de R$ 949,5 milhões nos bancos. Em média, cada operação foi de R$ 1.439,80.

Na faixa de benefícios acima de um e com até três salários mínimos, foram contratados R$ 679,9 milhões. O valor médio foi de R$ 2.077,35 para o empréstimo pessoal e R$ 951,30 para o cartão de crédito. Os segurados que ganham mais de três salários mínimos pegaram nos bancos R$ 658,8 milhões. Individualmente, a dívida média foi de R$ 4 mil. Ela pode ser paga em até 60 meses.

A corrida pelo iPad 2

Kimihiro Hoshino/AFP

Aficionados por tecnologia se amontoaram em filas em frente às lojas da Apple nos Estados Unidos ontem, primeiro dia de vendas do iPad 2. Nem chuva nem frio desanimaram os fãs da marca, ávidos por adquirir a novidade. Apesar de não ter informado a quantidade de aparelhos disponíveis, a Apple garantiu ter unidades suficientes para suprir a demanda. Estimativas que circulam na internet apontam para um potencial de vendas de 600 mil iPads 2 só nas primeiras 24 horas desde o lançamento, o dobro do registrado na ocasião do lançamento do primeiro. Por enquanto, não há previsão de quando o tablet chegará ao Brasil. A fabricante liberou as vendas pela internet na madrugada de quinta para sexta-feira, mas o consumidor teve pouco tempo: os estoques para esta modalidade de compra já estão esgotados. A disputa foi tão grande em Nova York que o primeiro lugar na fila foi vendido por US$ 900 (cerca de R$ 1.494).

LUZ AMARELA NO COMÉRCIO » A alta da inadimplência em fevereiro acendeu um sinal amarelo para o comércio, na opinião do presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior: ¿Temos um sinal de luz amarela, pois o índice é bastante alto. É provável que os varejistas aumentem as exigências para a concessão de crédito daqui em diante¿. No mês passado, o número de consumidores que deixaram de efetuar pagamentos cresceu 10,23% na comparação com o mesmo período de 2010. Segundo Pellizzaro, o consumidor comprou a prazo mais do que podia no Natal e não conseguiu pagar a primeira parcela, que caiu em janeiro. A elevação da inadimplência foi registrada após o SPC ter feito a inclusão dos nomes dos devedores, em fevereiro.