Título: Cresce o faturamento semestral da Boehringer
Autor: Iolanda Nascimento
Fonte: Gazeta Mercantil, 03/09/2004, Indústria & Serviços, p. A-13

A Boehringer Ingelheim do Brasil, subsidiária da multinacional alemã Boehringer Ingelheim, apurou faturamento de R$ 220 milhões no primeiro semestre deste ano, montante 16% superior aos R$ 190 milhões registrados em igual período de 2003. O diretor de relações institucionais da subsidiária, Felix Figols, afirmou que o aumento nas vendas é resultado do aquecimento do mercado farmacêutico brasileiro, verificado no período. "Estamos um pouco acima, mas praticamente alinhado com o crescimento do mercado em geral", afirmou o executivo, que projeta uma receita de R$ 490 milhões para 2004, superior ao resultado obtido no ano passado, de R$ 416 milhões.

A subsidiária, com fábrica em Itapecerica da Serra (SP), é uma das três maiores em volume de produção da multinacional. Fabricante do antiespasmódico Buscopan e do analgésico Anador, seus principais produtos, a empresa produz no País 10 linhas de medicamentos e 86% das cerca de 170 apresentações que comercializa no mercado interno. A Boehringer fabrica também no Brasil o adoçante Finn. Na área de medicamentos que precisam de prescrição médica para serem vendidos, ela atua mais fortemente nas áreas cardiovascular, respiratória, ginecológica, gastrintestinal e reumatológica.

Segundo Figols, o laboratório detém a 4 colocação no mercado nacional em unidades comercializadas, com 4,19% do total, e a 8 posição em valor, com 2,99% de participação. De acordo com dados da Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma), nos últimos doze meses, até julho, foram comercializadas 1,59 bilhão de unidades de medicamentos no Brasil, aumento de 6,8% em relação a igual período anterior. O mercado local movimentou R$ 18,8 bilhões, 11,4% superior na comparação dos períodos.

Vendas globais de ¿ 3,7 bilhões

Com 152 afiliadas em 45 países, globalmente, as vendas da multinacional alemã cresceram aproximadamente 7% no primeiro semestre, alcançando ¿ 3,7 bilhões. A Boehringer informou que o euro mais forte contribuiu para impactar o faturamento que, em moeda local, subiu 12%, acima "do obtido pelo mercado farmacêutico em geral". As vendas americanas, em torno de ¿ 1,3 bilhões, subiram cerca de 14%.

O produto da companhia com o melhor resultado em vendas, no semestre, foi o Flomax (Secotex, no Brasil), indicado para o tratamento do aumento benigno da próstata, com receita de ¿ 370 milhões. Com faturamento de ¿ 7,4 bilhões em 2003, a multinacional estima aumento de dois dígitos nas vendas de 2004. O crescimento será resultado, principalmente, dos produtos recém-lançados no mercado mundial, como o Spiriva, medicamento para doença pulmonar obstrutiva crônica desenvolvido pela empresa e comercializado em parceria com a norte-americana Pfizer, que chegou há apenas dois meses ao maior mercado consumidor, os Estados Unidos.