Título: Fábricas criam vagas, mas não aumentam salários
Autor: Viviane Monteiro
Fonte: Gazeta Mercantil, 17/09/2004, Indústria & Serviços, p. A-10

O nível de emprego na indústria nacional cresceu 0,2% em julho ante junho. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve aumento de 2,3% sobre julho de 2003, a maior marca desde o início da série, em janeiro de 2002. Nos sete primeiros meses do ano, a alta foi de 0,5%.

Entre os estados que mais empregaram em julho, em comparação com igual período de 2003, estão São Paulo (1,5%) e Minas Gerais (4,5%). Os que apresentaram maior redução foram o Rio de Janeiro (¿3,0%) e Pernambuco (¿4,6%), influenciados pelos resultados de alimentos e bebidas, com recuo de 15,8% e 11,8%, respectivamente.

Os principais setores responsáveis pelo resultado de São Paulo e Minas Gerais foram máquinas e equipamentos, com aumento de 22,5%, e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações, mais 23%. Em âmbito nacional, os setores que mais empregaram foram máquinas e equipamentos (15,8%) e alimentos e bebidas (3%).

A folha de pagamento real ficou estável em julho ante junho, já descontadas as influências sazonais. Sobre julho de 2003 subiu 8,3%, 9% entre janeiro e julho e 4,1% nos últimos doze meses. Quanto à folha de pagamento média, todos os indicadores mantiveram-se positivos: 5,8% na comparação mensal; 8,5% no acumulado no ano e 4,5% nos últimos doze meses.