­BRASÍLIA­ - A região metropolitana do Rio de Janeiro perdeu três posições e caiu da terceira para sexta colocação, entre 2000 e 2010, no ranking das 16 regiões analisadas pelo novo Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras. Em 2000, o Grande Rio só ficava atrás das regiões metropolitanas de São Paulo, que estava em primeiro lugar, e de Curitiba, em segundo.

Naquele ano, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Grande Rio era 0,686, na escala até 1, classificado como de médio. Até então, apenas São Paulo, com IDHM 0,714, tinha ultrapassado 0,700, que corresponde a alto nível de desenvolvimento humano.

Dez anos depois, o índice do Grande Rio subiu ao patamar de alto desenvolvimento humano, chegando a 0,771. O crescimento não foi suficiente, no entanto, para a Região Metropolitana do Rio manter a terceira posição, já que outras três regiões deram um salto ainda maior: Brasília e entorno, Belo Horizonte e Vitória.

Consideradas as três dimensões avaliadas no IDHM — educação, renda e longevidade — o Grande Rio piorou em duas e só melhorou em longevidade, passando da oitava para a sétima posição. Na renda, apesar de ter perdido uma colocação — da quarta para a quinta — alcançou seu melhor resultado em 2010.

RENDA ACIMA DE R$ 8 MIL

Praia de Ipanema, Lagoa e Praia de São Conrado são as áreas com maior renda per capita: R$ 8.603,78 ao mês, em valores de 2010. Na ponta de baixo, com renda de R$ 331,47, estão quatro áreas de Japeri: Colinas, Santo Antônio, Arco Metropolitano Santa Amélia, Engenheiro Pedreira­Jardim São Sebastião­Jardim Aljezur­Santa Sofia. A renda média nos bairros mais ricos era quase 26 vezes maior que nos mais pobres.

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse que é preciso avaliá­los melhor, mas destacou os avanços:

— Não estou de posse (dos dados), mas sei que estamos tendo avanços significativos. A Região Metropolitana do Rio hoje é a que tem a maior renda per capita do país e é a que tem a melhor taxa de empregabilidade.