Poucas horas após a sabatina e a aprovação na Comissão de Assuntos Econômicos, a indicação do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) foi aprovada pelo plenário do Senado por 63 votos a um, do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), e uma abstenção. Como na CAE, os senadores se revezaram para homenagear o indicado do Senado. Vital, porém, enfrentou dois momentos de constrangimento. Primeiro, quando foi questionado pelo líder do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira (SP), se o apoio do PT estava condicionado ao apoio do PMDB para aprovar o nome do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, como ministro do Supremo Tribunal Federal, na vaga de Joaquim Barbosa. Depois, quando Vasconcelos anunciou que não votaria a favor da indicação.

Vital, de 51 anos, preside a CPMI da Petrobras e integra a base da presidente Dilma Rousseff no Congresso. Ele afirmou que, no TCU, atuará com isenção de magistrado, mesmo ao analisar processos contra o governo, incluindo questões relativas à estatal.

- Farei com a isenção que a Constituição exige de um magistrado. Farei com conhecimento técnico de quem pôde, ao longo dos últimos meses, presidir uma comissão parlamentar de inquérito que versou sobre o problema - disse.

Vital foi indicado pelo PMDB para ocupar a vaga aberta com a saída do ex-senador José Jorge, que se aposentou compulsoriamente no TCU em novembro, após completar 70 anos.

Para virar ministro, Vital precisará do aval tanto do plenário do Senado quanto da Câmara dos Deputados, que ainda votará a indicação. Isso porque a vaga é de livre escolha do Congresso, responsável pela indicação de seis dos nove ministros do TCU - os outros três são apontados pela Presidência da República, mediante aprovação do Senado. Câmara e Senado se revezam nas indicações do Congresso. Desta vez, a cota é do Senado.