Esplanada deve receber menos manifestantes

Lígia Formenti

25/08/2016

 

 

O JULGAMENTO DO IMPEACHMENT - Secretaria de Segurança Pública do DF prevê, no máximo, 60 mil pessoas; em abril, 80 mil acompanharam a votação na Câmara

O julgamento de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff tem início hoje com baixa expectativa de público nas ruas. A previsão é de que a Esplanada dos Ministérios reúna, no máximo, 60 mil pessoas na terça-feira, dia em que é esperado o maior movimento. Em reunião realizada ontem na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, o consenso é de que desta vez a movimentação será menor do que a registrada em abril, quando a Câmara dos Deputados votou o processo de abertura do impeachment.

Na ocasião, a Esplanada chegou a reunir 80 mil pessoas.

“Não há mais patrocínio”, disse Beatriz Kicis, representante de grupo pró-impeachment, sobre uso de telões. Carmen Foro, integrante da CUT e representante do grupo contra o afastamento, preferiu não arriscar números.

“As convocações ainda estão sendo realizadas. Além disso, a movimentação ocorrerá não apenas em Brasília, mas em todo o País”, disse. A definição sobre a instalação de um telão para acompanhar a votação dos senadores, disse Carmen, seria dada hoje.

A estimativa é de que no máximo 120 pessoas se dirijam hoje e amanhã à Esplanada para acompanhar o início do julgamento.

Diante da baixa expectativa de público, a Secretaria de Segurança Pública do DF desistiu da ideia de interromper o trânsito nas proximidades do Congresso Nacional. A medida somente será adotada à zero hora de segunda-feira e se estenderá até o fim do julgamento.

O efetivo de segurança entre hoje e domingo também será reduzido.

Além da Polícia Legislativa, 180 policiais serão recrutados para atuar hoje e amanhã.

Na segunda-feira, dia em que a presidente afastada Dilma Rousseff deverá fazer sua defesa no Senado, deverão ser mobilizados 380 policiais.

Grupos contra o impeachment esperam realizar na segunda a sua maior mobilização.

Manifestantes contra Dilma também deverão concentrar seus esforços na segunda e terça “A princípio, a mobilização será menor do que nas etapas anteriores. A situação já está relativamente concretizada”, disse o coordenador do grupo Vem para Rua, Jailton Almeida.