O secretário nacional de assuntos institucionais do PT, deputado federal Reginaldo Lopes (MG), disse que a legenda poderia analisar alterações até da estrela vermelha, do número 13 e do nome do partido.

— Os valores que o PT defende estão cada vez mais vivos na sociedade. Agora, tem uma barreira que as elites conseguiram criminalizar, que é a estrela, o 13, o PT. Então, o que fazer? Há uma criminalização ao PT, à marca e não ao nosso conteúdo — declarou.

Após reunião, no entanto, o presidente da legenda, Rui Falcão, disse que tratavase apenas de uma opinião pessoal do colega e que reformular todo o partido não será cogitado. O dirigente atribuiu a grande perda de prefeituras nas eleições do último domingo a uma “ofensiva terrível” contra a legenda desde os primeiros escândalos do mensalão.

Contudo, ele afirmou que as eleições são águas passadas. O PT, segundo Falcão, deve parar de culpar agentes externos e voltar a fazer política de cotidiano:

— A nossa disposição quando iniciamos esse balanço, em que reconhecemos também erros e não somente culpa da política econômica, da Lava-Jato e da mídia, é tirar lições desses erros. Vamos voltar a ter política no cotidiano, e não somente nas eleições, e rever as nossas estruturas organizativas e tentar ter uma reunificação da esquerda. (*Estagiário sob supervisão de Paulo Celso Pereira)

O globo, n. 30276, 06/10/2016. País, p. 5.