Título: Prejuízos nas bolsas
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Fonte: Correio Braziliense, 24/11/2011, Economia, p. 20

As bolsas da valores não resistiram a nova onda de incerteza que varreu o mundo ontem. Temendo um tombo da economia chinesa e a recessão na Europa e nos Estados Unidos, os investidores saíram vendendo parte de suas ações e indicando que a recuperação dos mercado ainda está muito distante. Em meio a esse quadro desalentador, a Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) recuou 1,62%, para os 54.972 pontos, o menor nível desde 20 de outubro (54.009 pontos). Na mínima, o Ibovespa, principal indicador do pregão paulista, atingiu os 54.813 pontos (-1,91%) e, na máxima, 55.879 pontos (estabilidade).

"A situação está cada vez mais difícil. Quando se olha para a frente, a imagem é turva. Não se vê nada de animador", disse um operador de um grande banco estrangeiro. Pelas suas contas, o Ibovespa acumula perdas de 5,77% no mês. No ano, os prejuízos chegam a 20,68%. Somente nos últimos cinco pregões, o tombo foi de 6,13%. "É esse o motivo de os investidores pessoas físicas estarem saindo do mercado acionário, mesmo contabilizando perdas. Estão todos desanimados. Já não emplaca mais o discurso de que a bolsa de valores é investimento de longo prazo", acrescentou.

Nos Estados Unidos, onde o impacto sobre a possível desaceleração da economia da China foi enorme, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, recuou 2,05%. Já o Nasdaq, do mercado de tecnologia, o recuo atingiu 2,43%. Na Europa, a Bolsa de Paris teve baixa de 1,68%. Em Londres, houve retração de 1,29% e, em Frankfurt, de 1,44%.