“O sentenciado está acometido de doenças graves, mas sem indicação de que há algum impedimento ao cumprimento da pena privativa de liberdade recolhido no Centro de Detenção Provisória — CDP, desde que assistido pela equipe médica”, escreveu o juiz da VEP do Distrito Federal. A decisão final sobre o pedido da defesa para que seja concedido o benefício da prisão domiciliar será tomada assim que o presídio apresentar as informações.

O relatório do IML foi feito em resposta aos questionamentos da defesa sobre a estrutura do presídio. Paulo Maluf foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado pelo crime de lavagem de dinheiro. A pena imposta é de sete anos e nove meses de prisão, em regime inicialmente fechado.

Os advogados de Maluf pedem a prisão domiciliar por razões humanitárias, levando em conta os problemas de saúde do deputado. Ele tem câncer de próstata, hérnia de disco, problemas cardíacos e movimentos limitados. Segundo a defesa, a Papuda não tem condições de prestar socorro rápido ao deputado em caso de emergência, porque a situação dele seria “gravíssima”.

PRIMEIRO PEDIDO NEGADO

Macacari já negou o primeiro pedido feito pela defesa para transferir Maluf para a prisão domiciliar, levando em conta as informações prestadas pelo presídio de Brasília. A Papuda informou que tem “equipe de saúde multidisciplinar” composta por médicos clínicos, infectologista e psiquiatra, além de enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeuta, dentistas e psicólogos. Também há ambulância, leitos na rede pública de saúde e a possibilidade de consultas ou exames na rede privada.

Depois, a defesa fez novos questionamentos ao IML e ao presídio, para obter informações ainda mais detalhadas sobre a estrutura do local.

Em nota, o advogado de Maluf, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que a defesa espera para ter acesso às respostas do IML e do CDP, mas ressaltou que considera “evidente a absoluta impossibilidade de cumprir a pena no regime fechado” nas condições de saúde do deputado.