O globo, n.30914 , 28/03/2018. PAÍS, p.3

Tiros e ameaças

 

 

Dois episódios distintos revelaram o clima de tensão crescente no país, às vésperas do início da campanha eleitoral e em meio ao avanço da Operação Lava-Jato.

No Paraná, dois ônibus da caravana do ex-presidente Lula, que mobiliza aliados e opositores do petista na Região Sul, foram alvo de três tiros quando deixavam a cidade de Quedas do Iguaçu em direção a Laranjeiras do Sul. Ninguém saiu ferido.

Os eventos do ex-presidente, que começaram pelo Rio Grande do Sul, estão sendo marcados por atos de hostilidade, com barreiras em estradas e ataques com pedras e ovos. O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, classificou o episódio de “inaceitável” e pediu ao governo do Paraná que reforce a segurança nos atos de Lula.

Em Brasília, a Polícia Federal foi acionada para investigar ameaças sofridas por familiares do relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin. A intimidação foi revelada pelo próprio magistrado, em entrevista ao jornalista Roberto D’Avila, da GloboNews.

No relato, Fachin afirma que já pediu “providências” à presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, para apurar a origem das ameaças e revelou temor de ser vítima de um atentado.