Candidato do PSL usa rede social para atacar PT e contestar que será derrotado por qualquer um no segundo turno

Os principais candidatos à Presidência concentraram ataques ao PT em suas atividades de campanha ontem. Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) criticaram Fernando Haddad, também alvo de Jair Bolsonaro (PSL), que, do hospital, falou ao vivo em rede social. Ocandidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, criticou o PT na retomada das transmissões ao vivo pelas redes sociais ontem, depois de ter sido esfaqueado durante ato de campanha, em Juiz de Fora (MG).

Visivelmente abatido, o deputado federal fez uma transmissão de 20 minutos pela internet, deitado em um quarto da unidade de terapia semi-intensiva do Hospital Albert Einstein.

Líder nas pesquisas de intenção de voto, Bolsonaro alfinetou o candidato do PT, Fernando Haddad, e o expresidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso em Curitiba. Para o candidato do PSL, se Haddad for eleito, ele irá tirar Lula da prisão assim que assumir o Palácio do Planalto.

— O Haddad, sendo eleito, assina no mesmo minuto o indulto de Lula. E, no minuto seguinte, o nomeia ministro da Casa Civil — afirmou Bolsonaro, destacando que o que está em jogo nas eleições de outubro é o futuro de todos os brasileiros. —Até de você que apoia o PT. Você é um ser humano também.

Durante a transmissão, Bolsonaro chegou a chorar. Duas camisas amarelas foram balançadas das janelas do hospital para um grupo de apoiadores que estava na entrada do edifício. Os manifestantes cantaram o hino nacional e rezaram o pai-nosso.

Bolsonaro, que foi transferido ontem da UTI, disse que espera estar em casa em uma semana, quando passará a fazer novas transmissões pela internet.

O candidato do PSL repetiu a crítica ao fato de não haver voto impresso, embora jamais tenha ocorrido registro de irregularidade na votação eletrônica:

— A narrativa agora é que eu perderia para qualquer um no segundo turno. Não é perder no voto, é perder na fraude. Então, essa possibilidade de fraude no segundo turno, talvez no primeiro, é concreta.

ATAQUE DE HACKERS

A página “Mulheres unidas contra Bolsonaro” sofreu um ataque de hackers na noite de sábado e chegou a ser retirada do ar temporariamente. Com o objetivo de reunir mulheres contrárias ao candidato do PSL, o grupo foi criado no dia 30 de agosto e ultrapassou a marca de 1 milhão de membros.

No sábado, a página chegou a ser renomeada para “Mulheres com Bolsonaro #17” e passou a exibir uma foto do candidato com a bandeira do Brasil como imagem principal.