Título: Bolsa bate 8.º recorde de pontuação
Autor: Silvana Rocha, Mario Rocha e Lucinda Pinto
Fonte: O Estado de São Paulo, 05/03/2005, Economia, p. B13

O Ibovespa bateu novo recorde de pontuação, 29.127, em alta de 1,84%, com giro financeiro superior a R$ 2 bilhões. Foi o oitavo recorde do ano. O dólar interrompeu a série de 3 altas seguidas, caindo 0,97%, para R$ 2,656, os juros futuros projetaram queda, o risco país recuou 2,32%, para 379 pontos, enquanto o C-Bond ganhou 0,55%, vendido com ágio de 2,188%. O número alto de novos empregos nos Estados Unidos afastou a expectativa de um aumento forte do juro básico daquele país, e ajudou os mercados locais. Mas um fato acabou preocupando: o investimento estrangeiro na Bolsa paulista reduziu-se drasticamente nos dois primeiros dias do mês. Em fevereiro, a entrada de capital externo foi recorde (R$ 3,703 bilhões) e puxou a valorização do Ibovespa, ao lado dos bons indicadores. Mas no dia 1.º, ficou em R$ 69 milhões, e no dia seguinte ficou positivo em apenas R$ 2 milhões.

Dois papéis se destacaram no mercado, Telemig Celular ON, com um salto de 16,14%, e Tele Norte Celular ON com 32,14%. Esses papéis se beneficiaram de um fato relevante no qual a Futuretel informava que, em conjunto com a Highlake International Business Company, iniciará processo competitivo privado de alienação de participação acionária indireta representativa de mais de 50% do capital social votante da Telemig Celular Participações e da Tele Norte Celular Participações S.A.

Entre as ações do Ibovespa, a maior alta foi de Embratel PN, com 9,83%. A procura pelos papéis da empresa está relacionada ao processo de subscrição de ações. Investidores preferiram comprar os papéis antes da subscrição. As maiores quedas foram de Brasil Telecom PN (2,68%), Eletropaulo PN (2,60%) e Copel PNB (1,81%).

O Banco Central teria comprado cerca de US$ 100 milhões, à taxa de R$ 2,6595. Desde o início das compras de moeda americana em mercado, em 6 de dezembro, e dos leilões de venda de swap cambial reverso, dia 2 de fevereiro, o volume das reservas internacionais passou de US$ 50,347 bilhões para US$ 60,273 bilhões, um aumento de 19,72%. Este saldo das reservas já inclui as emissões soberanas de US$ 1,250 bilhão em 31 de janeiro e de 500 milhões em fevereiro.

Na BM&F, com exceção da alta projetada pelo contrato de dezembro, todos os demais sete vencimentos de dólar futuro projetaram queda.