Título: Conselho pede auditoria para apurar falta de remédios
Autor: Alberto Komatsu
Fonte: O Estado de São Paulo, 26/03/2005, Nacional, p. A8

Unidades de atendimento e postos de saúde de Belo Horizonte não conseguem atender à demanda por medicamentos, principalmente anticoncepcionais e anti-hipertensivos, remédios que são repassados pelo Ministério da Saúde. De acordo com o Conselho Municipal de Saúde, a carência também atinge outros medicamentos da assistência farmacêutica básica, cujo financiamento é compartilhado pela União, Estado e prefeitura. A situação levou o conselho a pedir esta semana a contratação de uma auditoria externa para investigar o problema. Ofícios foram enviados para a secretaria municipal e para a Procuradoria de Saúde do Ministério Público. O conselho quer que os promotores acompanhem a auditoria. "É um problema muito grave", afirma a presidente do conselho, Fátima Regina Fonseca Lima. "Queremos saber onde está o erro e a causa de o medicamento não chegar à população. Percebemos uma falta de organização, de política de medicamentos."

Segundo ela, a situação se agravou nos últimos seis meses e está se tornando um problema crônico de saúde pública. O conselho tem recebido denúncias também de falta de medicamentos relacionados com a saúde mental e asma. Fátima afirma, contudo, que não foi detectado indício de fraudes. A Secretaria Municipal de Saúde reconhece o problema e alega que ele está ligado à crescente demanda.