Título: Chefe da missão do FMI recomendará contas do Brasil
Autor: Adriana Fernandes e Renata Veríssimo
Fonte: O Estado de São Paulo, 04/02/2005, Economia & negócios, p. B1

Aprovação da última revisão do acordo é apoiada por Charles Collyns, que faz elogios à política econômica

BRASÍLIA - O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) no Brasil, Charles Collyns, informou ontem que vai recomendar à direção do organismo a aprovação da décima e última revisão do acordo firmado com o governo brasileiro. Após reunião com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, o representante do fundo novamente elogiou a economia do País e reafirmou seu apoio à política macroeconômica do governo. "Estamos muito satisfeitos com a performance da economia brasileira, com a força da política econômica." A direção do FMI deve avaliar a revisão em março, informou.

Collyns disse que teve oportunidade de discutir as prioridades das políticas do País com Palocci e com o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles. E insistiu que está muito impressionado com a força da política macroeconômica e com os progressos das reformas estruturais nos últimos meses.

O governo, afirmou, continua indo à frente com a agenda de reformas estruturais, que classificou de "muito ambiciosa". Em sua avaliação, a agenda de reformas é muito importante para manter o crescimento sustentado da economia brasileira.

INDEFINIÇÃO

Sobre a possibilidade de renovação do acordo, o representante do Fundo disse que o governo estuda a questão e ainda não tomou sua decisão final. "O governo tem de analisar se quer buscar tal arranjo."

Ao deixar o Ministério da Fazenda, Palocci reiterou que só decidirá sobre a renovação do acordo em março. Apesar disso, a discussão já está sendo feita na equipe econômica.

A missão do FMI também esteve por cerca de uma hora com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. O representante do Fundo no Brasil, Max Alier, informou que, nesse encontro, a missão recebeu informações sobre a balança comercial brasileira.

Segundo Alier, a reunião foi boa e Furlan disse que os números "são bastante fortes". Hoje, a missão passa o dia na sede do FMI analisando os números da economia brasileira e no fim do dia deixa Brasília.