Título: Revolução no setor cria um novo mercado especializado
Autor: Márcia De Chiara
Fonte: O Estado de São Paulo, 06/03/2005, Economia, p. B1

As parcerias entre bancos e lojas, bancos e financeiras e a corrida pelo crédito com desconto em folha de pagamento é apenas o começo de uma revolução pela qual o setor financeiro brasileiro vai passar. Na Europa, por exemplo, onde os casamentos entre as instituições financeiras e lojas tomaram pulso a partir de 1997, especialmente no Reino Unido, 65% dos varejistas de alimentos são sócios de algum banco, de acordo com o coordenador do Centro de Estudos Avançados de Meios de Meios de Pagamento da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, Ricardo Fernandes Paixão.

Ele destaca também que 75% dos varejistas europeus de alimentos vendem serviços financeiros nas suas lojas. Na Tesco, rede inglesa de supermercados que tem como parceiro bancário o RBOS/ Natwest, a venda de produtos financeiros representa de 10% a 15% do lucro operacional da companhia varejista.

"No médio prazo, a perspectiva é que os bancos se especializem na produção de serviços financeiros, que serão distribuídos pelas redes varejistas com marca própria da loja", diz Paixão. Arquimedes Salles, diretor da Luizacred, diz que a revolução já está acontecendo no Unibanco.