Título: No 'salve-se quem puder', até bueiro virou esconderijo
Autor: José Luís Dacauaziliquá
Fonte: O Estado de São Paulo, 12/03/2005, Metrópole, p. C1

SUSTO: Foi uma noite em que imperou a regra do "salve-se quem puder". Desesperados para encontrar um local para se esconder, alguns subiram em árvores, outros invadiram casas, se esconderam embaixo de carros. Um dos fugitivos apareceu num bueiro e assustou a balconista Graça Mara Alves dos Santos. Ela varria a frente da lanchonete na Rua Conselheiro Colegipe - paralela à Celso Garcia - quando ouviu um rapaz chamando. Apenas seu rosto aparecia, de dentro do bueiro na frente do bar. "Me apavorei", disse. Foi a dona da lanchonete, Maria do Socorro Souza, quem tentou falar com o jovem. Machucado, ele pediu ajuda para tirar a tampa de concreto. "Partiu meu coração. Estava assustado, devia ter uns 12 anos", contou. A polícia chegou quando Maria pedia ajuda para tirar a tampa. Tentaram convencê-lo a sair. O fugitivo reconheceu os policiais pelas botas. Sumiu no buraco e durante o dia inteiro ninguém mais soube dele.