Título: No sábado, Marta disse não ter prova dos serviços
Autor: Bruno Paes Manso
Fonte: O Estado de São Paulo, 18/03/2005, Metrópole, p. C7

A assessoria da ex-prefeita Marta Suplicy (PT) afirma que a Secretaria Municipal de Finanças estabeleceu como critério que os empenhos que não haviam sido liquidados podiam ser cancelados. Segundo alegam, a liquidação do empenho era a única prova que consideravam suficiente para admitir a realização dos serviços. No sábado, em entrevista ao Estado, Marta foi questionada sobre o cancelamento dos empenhos. A ex-prefeita afirmou: "Eu não tinha prova de que esses serviços tinham sido feitos. Se eu tivesse comprovado, eu teria de fazer a liquidação. Tudo o que eu comprovei, eu fiz a liquidação e paguei. Esses serviços estavam em trânsito. Eu tenho a possibilidade de não pagar se não foi confirmado."

Segundo Marta, a fila formada por pequenos fornecedores ocorreu porque a administração não podia desrespeitar a ordem cronológica dos pagamentos. "Quem era terceirizado, entra na fila cronológica do pagamento da Prefeitura. Isso parece esquisito, porque fica desde o pagamento do asfalto ao professor que fez aula de dança". Segundo Marta, todos estes empenhos foram cancelados "porque o decreto era genérico". Ela afirmou que caberia à próxima administração "apurar e se informar, aquilo que foi feito e o que não foi".