Título: Sete aéreas interromperam as atividades em quatro anos
Autor: Nilson Brandão Junior e Irany Tereza
Fonte: O Estado de São Paulo, 20/02/2005, Economia, p. B6

O desemprego na aviação comercial brasileira veio à tona a partir de dezembro de 2001, quando a Transbrasil estacionou suas aeronaves definitivamente. De lá para cá, mais seis companhias fecharam as portas. Mais recentemente, a Vasp, que teve cassadas as licenças para operar vôos regulares, contribuiu para multiplicar o número de desempregados. Dos 5 mil trabalhadores da Vasp em busca de emprego cadastrados num programa de recoloc ação do sindicato, 3 mil são aeroviários e 2 mil aeronautas. No caso dos funcionários de apoio terrestre, o contingente de desocupados no setor era bem menor antes da Vasp parar: cerca de 1,3 mil, segundo a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino.

Demitida por justa causa após uma greve, ela ficou desempregada cinco anos e teve de entrar no mercado de trabalho informal. Passou a comprar roupas íntimas em confecções de Nova Friburgo, região serrana do Rio, para revender. A presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio, diz que há muitos casos de trabalhadores com depressão por causa da crise de emprego. A.K.