Título: Comandante destaca harmonia com sociedade
Autor: Tânia Monteiro João Domingos
Fonte: O Estado de São Paulo, 20/04/2005, Nacional, p. A4

O comandante do Exército, general Francisco Albuquerque, pregou a harmonia entre as Forças Armadas e a sociedade e evitou fazer qualquer menção ao golpe militar de 31 de março de 1964 na Ordem do Dia lida ontem em comemoração ao 357.º aniversário do Exército. O general disse que o Exército, por sua origem, é formado por gente fardada e sem farda, da ativa e da reserva, civis e militares de diversas origens raciais e diferentes religiões. "Heróis anônimos voltados, integralmente, na diuturnidade de seu trabalho, para o cumprimento de uma grandiosa missão nacional", disse Albuquerque. Ele lembrou que o Exército surgiu em 1648, depois da Batalha de Guararapes, quando os holandeses foram expulsos do Nordeste.

As tropas que lutaram contra os holandeses eram multirraciais, formadas por europeus, índios e negros.

"O Exército vive com a Nação um colóquio de proverbial alegria, de exemplificada ordem e de praticada disciplina. Nasceu sob a égide da lealdade e da ética. Cresceu e afirmou-se com bravura, sacrifício e coragem. Fez-se honrado, vitorioso e digno. Tornou-se uma instituição nacional de bom senso e equilíbrio, representando todos os estamentos da sociedade de consenso a que serve", afirmou o general.

Para o general Albuquerque, o Exército recebeu da alma brasileira valores morais e espirituais que pratica e transmite, "num fluxo constante de exemplos de cidadania e de respeito ao ser humano".

Participa com toda a Nação das esperanças que ajuda a concretizar.

Colabora, com denodo e patriotismo consciente, no trabalho de edificação e aprimoramento democrático do País independente e livre, soberano e forte, uno e zeloso de sua rica diversidade", afirmou Albuquerque.

O general disse ainda que essa gente cabocla que forma o Exército, há 60 anos integrou a Força Expedicionária Brasileira (FEB), representando o Brasil nos campos de batalha da Europa durante a 2.ª Guerra Mundial. Para Francisco Albuquerque, um "congresso armado de nações democráticas". Hoje, lembrou ele, o Exército do Brasil integra as forças de paz da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Deus continue a inspirar os seus quadros e a imensa família verde-oliva".