Título: Condoleezza promete mais ajuda à Colômbia
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Fonte: O Estado de São Paulo, 29/04/2005, Internacional, p. A13

Secretária de Estado dos EUA reafirma ao país sua condição de principal aliado na região e diz que cooperação na luta antidrogas e contra a guerrilha não terminou

A secretária americana de Estado, Condoleezza Rice, encerrou ontem uma visita à Colômbia na qual reafirmou ao presidente Álvaro Uribe sua condição de principal aliado na região e lhe prometeu aumentar a luta antidrogas e contra os grupos armados ilegais. Às 10 horas (12 horas de Brasília) Condoleezza partiu para o Chile, o terceiro país que visitará em seu segundo tour pela América Latina, que começou pelo Brasil e terminará el El Salvador.

Em Santiago, a secretária de Estado participará da 3.ª Conferência Ministerial da Comunidade de Democracias, junto a chanceleres e representantes de 90 países, que terminará no sábado.

Em seu encontro de quase duas horas com Uribe, em Bogotá, além de reafirmar o compromisso dos EUA com a luta antidrogas (ler ao lado), ela repassou o estado das negociações do tratado de livre comércio entre EUA, Colômbia, Equador e Peru e discutiu sobre a eleição do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA).

"O Plano Colômbia chega a seu fim, mas nosso compromisso com a Colômbia não termina", disse, referindo-se ao programa contra o narcotráfico e as guerrilhas ao qual os EUA entregaram US$ 3,3 bilhões desde 2000.

"A Colômbia caminha para uma maior segurança, para a solução do problema do narcotráfico, que é um caminho longo e difícil, mas no qual os colombianos vêm tendo êxito", destacou a secretária de Estado.

A Colômbia pediu a Condoleezza ajuda financeira para instalar uma nova base aérea antidrogas no Pacífico e para o processo de paz que negocia com os grupos paramilitares.

O bom clima da reunião contrastou com as declarações do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que, ao comentar a visita de Condoleezza destacou que "no tabuleiro de xadrez que é a América, há uma dama imperial movendo-se pela América do Sul". Condoleezza reiterou a "inquietação" de seu país pela compra de armas da Venezuela e o temor de que elas possam "cair em mãos indevidas", referindo-se aos grupos armados colombianos. Ela também advertiu que as ações da Venezuela podem desestabilizar a América Latina.