Título: Indicador da CNI aponta produção em queda
Autor: Jander Ramon
Fonte: O Estado de São Paulo, 30/04/2005, Economia, p. B5

Queda foi de 48,7 pontos no primeiro trimestre de 2004 para 44,8 pontos no mesmo período deste ano O Indicador de Produção da Indústria ficou em 44,8 pontos no primeiro trimestre deste ano, ante os 48,7 pontos verificados no mesmo período de 2004 e de 57,6 pontos do último trimestre do ano passado. O dado consta do boletim "Sondagem Industrial", divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), e confirma a queda do ritmo de crescimento na indústria neste início do ano. "As expectativas dos empresários quanto à evolução futura dos negócios continuam favoráveis, mas o desempenho da indústria no primeiro trimestre aumentou a possibilidade de reversão do crescimento econômico nos próximos meses", informa o boletim. Conforme o levantamento, o indicador relativo ao faturamento diminuiu no primeiro trimestre de 2005, ao atingir 43,9 pontos, ante os 47,6 pontos do primeiro trimestre de 2004 e os 58,2 pontos do quarto trimestre de 2005. "A queda do faturamento do primeiro trimestre ante o trimestre anterior rompeu uma seqüência de três trimestres de expansão em níveis recordes", comentou a CNI.

O indicador de emprego, no primeiro trimestre de 2005, manteve o mesmo número do período em 2004: 49,2 pontos. No quarto trimestre de 2005, o indicador estava em 58,2 pontos. "Enquanto as pequenas e médias empresas já começaram a cortar postos de trabalho, as grandes empresas mantiveram as contratações e acumularam seis trimestres consecutivos de expansão", observa a entidade empresarial.

A CNI constatou ainda que o nível de utilização da capacidade instalada subiu de 71%, no primeiro trimestre de 2004, para 72%, no mesmo período de 2005. Em relação ao quarto trimestre do ano passado houve, entretanto, queda de 5 pontos porcentuais. "Parte dessa queda deve-se à sazonalidade desfavorável. Historicamente, a atividade industrial se arrefece no início do ano e leva o indicador a situar-se abaixo dos 50 pontos", justifica a sondagem.

Como a queda neste primeiro trimestre foi "mais expressiva" do que a média dos últimos 5 anos, "sinaliza-se que o vigor expansionista verificado em 2004 arrefeceu-se".