Título: Até contratos verbais viram prática oficial
Autor: Lilian Primi
Fonte: O Estado de São Paulo, 10/04/2005, Nacional, p. A12

Entre os vários problemas encontrados estão as formas de contratação do pessoal que atua nas cerca de 20 mil equipes do Programa de Saúde da Família (PSF). "Tem desde estatutários e celetistas com carteira assinada até contratos de boca e outros que são simplesmente pagos por recibo", diz Maria Luíza Jaeger, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. A pedido do Ministério da Saúde, Célia Pierantoni, do Instituto de Medicina Social da Uerj, e Silvia Porto, da Escola Nacional de Saúde Pública - Fiocruz, fizeram um levantamento dos vínculos de trabalho e modalidades de contratação no PSF. Encontraram 4,1% de servidores estatutários e 22% de celetistas. O restante foi contratado sem concurso, muitas vezes por meio de parcerias e de processos de terceirização que são ilegais. Os contratos de boca e informais chegam a 12%. O levantamento abordou só os agentes, mas as pesquisadoras acreditam que a situação se repita com os demais integrantes das equipes do PSF, até mesmo com médicos. .