Título: Todos os motoristas vão ter de usar Sem Parar
Autor: José Maria Tomazela
Fonte: O Estado de São Paulo, 28/04/2005, Metrópole, p. C3

O secretário estadual dos Transportes, Dario Rais Lopes, disse que o atual programa de concessões rodoviárias de São Paulo, criado em 1997 pelo então governador Mário Covas, está sendo readequado. "Estamos discutindo um novo modelo mais flexível e moderno." A forma de cobrança da tarifa será essencialmente automática, segundo ele. O novo programa obrigará as empresas a fornecerem aos motoristas, sem custo, equipamentos para a passagem sem parada na cabine. Atualmente, segundo ele, o custo torna reduzida a utilização do sistema Sem Parar. "Nas praças onde é mais usado, não chega a 40% dos usuários." Um uso maior trará, segundo ele, redução nos gastos operacionais e nas tarifas. No futuro modelo, será obrigatório o desconto para os freqüentadores assíduos. O critério de reajuste das tarifas vai mudar, não devendo ser aplicado o mesmo índice para todas as rodovias.

"GENEROSO "

O deputado Hamilton Pereira (PT), ex-integrante da Comissão de Transportes da Assembléia Legislativa, disse que o governo tem sido muito "generoso" com as concessionárias. "Elas se comprometem a fazer uma série de obras, começam a arrecadar pedágio e depois não fazem." Pereira citou a duplicação da Raposo Tavares até Sorocaba. "A Viaoeste assumiu o compromisso de concluir até 2004, instalou pedágios e até agora não fez."

Ele foi procurado por associações de motoristas e sindicatos de transportadores que reclamavam do custo do pedágio. "Já é caro e vão aumentar?" O deputado Caldini Crespo (PFL) também reclamou do atraso na duplicação da Raposo. "As protelações são inaceitáveis." Ele se reuniu com o novo presidente da Viaoeste, empresa que passou a ser controlada pelo Sistema CCR, para pedir rapidez.

Segundo o secretário, até 2006, o trecho São Roque-Sorocaba terá faixas adicionais. A duplicação fica para depois de 2010. Alckmin disse que seus adversários políticos criticaram o custo do pedágio na última campanha, "mas perderam a eleição".