Título: Pagode, forró e críticas ao governo federal no 1.º de Maio em São Paulo
Autor: Adriana Moreira
Fonte: O Estado de São Paulo, 01/05/2005, Nacional, p. A6

As duas maiores centrais sindicais do País prometem uma grande festa de 1.º de Maio hoje. Em comum, além do Dia do Trabalhador, a Força Sindical e a Central Única dos Trabalhadores preparam duras críticas à política de juros adotada pelo governo Lula. Para o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, o trabalhador brasileiro não tem muito o que festejar neste 1.º de Maio. "Aumento na taxa de juros e nos impostos são uma dupla infernal que trazem desemprego", afirmou ontem, durante coletiva de imprensa. Esse também será o tom do discurso no palanque durante as comemorações pela data, marcada para começar às 7 horas na Praça Campo de Bagatelle, na zona norte da capital paulista. A previsão é que mais de 1 milhão de pessoas compareçam ao local, atraídas por shows de artistas como Chitãozinho & Xororó, Bruno & Marrone e Latino.

Além disso, haverá o sorteio de dez automóveis, dez televisores 29 polegadas e cinco apartamentos. Ao todo, foram distribuídos 7 milhões de cupons que devem ser depositados em urnas durante o evento. "A idéia é atrair as pessoas com música e prêmios e aproveitar para falar dos problemas do Brasil", explica Paulinho.

Já o evento da CUT será realizado na Avenida Paulista, em um palco montado em frente ao número 900, com atrações musicais como Zezé di Camargo & Luciano e Alceu Valença. As comemorações ocorrem das 9 às 21 horas.

A festa da Força Sindical deve terminar por volta das 18h30. Às 11 horas, será realizado um ato político com a presença de diversas lideranças partidárias, além do governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB) e de Alagoas, Ronaldo Lessa (PSB), e do arcebispo de São Paulo, Dom Cláudio Hummes. O presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), também estará presente.

O evento da CUT contará com a presença de três pré-candidatos petistas ao governo paulista, Marta Suplicy, Aloizio Mercadante e João Paulo Cunha.