Título: Caso de princesa foi parar no Vaticano
Autor: José Maria Mayrink
Fonte: O Estado de São Paulo, 29/05/2005, Vida &, p. A20

CHEGOU TARDE: A princesa Caroline, de Mônaco, de 48 anos, se casou com o banqueiro e playboy francês Phipippe Junot em 1978, divorciou-se em 1980 e só conseguiu a declaração de nulidade de casamento em 1992. Ela pretendia regularizar sua segunda união, mas a sentença da Rota Romana chegou tarde: seu segundo marido, o empresário italiano Stefano Casiraghi - casaram-se no civil em 1983 e tiveram três filhos - morreu em 1990, num acidente de lancha. Foi um dos processos de maior repercussão nas últimas décadas. A decisão de que o primeiro casamento fora nulo dependia do papa João Paulo II, que a retardou enquanto pôde, apesar dos apelos iniciais da princesa Grace, mãe de Caroline. Com a morte de Grace, em 1982, Caroline passou a exercer o papel de primeira-dama de Mônaco, a pedido do pai, o príncipe Rainier. Apesar do sigilo de justiça que protege esses processos, consta que Caroline resolveu pedir a declaração de nulidade ao saber por que Junot se casara com ela: ele arriscou uma boate com um amigo ao apostar que conseguiria levá-la ao altar. Em sua terceira união, Caroline estava livre para se casar na Igreja, mas não pôde, porque o noivo, o príncipe Ernst August, de Hanover, seu atual marido, era divorciado.