Título: Média diária cresce 13,2%e superávit passa dos R$ 16 bi
Autor: Paula Puliti
Fonte: O Estado de São Paulo, 07/06/2005, Economia, p. B9

A primeira semana de junho (três dias úteis) encerrou com superávit comercial de US$ 668 milhões e com um sinal de que o intercâmbio de bens do Brasil com o exterior deverá se manter positivo nas duas mãos. No período, a média diária de exportações cresceu 13,2%, em relação à primeira semana de junho de 2004. A de importações saltou 6,3%. De acordo com os dados divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), esse resultado elevou para US$ 16,314 bilhões o saldo acumulado na balança comercial este ano - o resultado de US$ 44,980 bilhões de exportações e de US$ 28,666 bilhões de importações.

Na primeira semana, as exportações atingiram US$ 1,508 bilhão, com média diária de embarques de US$ 502,7 milhões, graças ao aumento de 23,2% nos embarques de manufaturas e de 18,2% nos produtos semimanufaturados. Os produtos básicos, categoria que tradicionalmente contribui com os resultados positivos da balança comercial, somaram apenas US$ 160,1 milhões. Essa cifra representou queda de 0,5%, na comparação com 2004, e foi motivada pelos recuos nas vendas de soja em grãos (45,4%) e de petróleo em bruto (30,4%).

As vendas externas de itens manufaturados totalizaram US$ 269,7 milhões. Esses embarques foram impulsionados principalmente por óleos combustíveis, telefones celulares, açúcar refinado, motores e geradores, máquinas e aparelhos para terraplenagem, automóveis de passageiros, tratores, autopeças, móveis e calçados. Mas houve quedas nas vendas de produtos têxteis (4,9%) e de suco de laranja (78,7%).

Os itens semimanufaturados somaram US$ 68,3 milhões na primeira semana de junho, em razão das vendas de madeira em estilhas, açúcar em bruto, ferro-ligas, borracha sintética, cátodos de níquel, couros e peles, ferro fundido, óleo de soja em bruto e alumínio em bruto.

As importações da primeira semana somaram US$ 840 milhões, o que equivaleu a desembarques médios de US$ 280 milhões ao dia. Esse desempenho deveu-se ao aumento da demanda interna por produtos siderúrgicos (81,7%), borracha (62,1%), plásticos (47,6%), papel (46,9%), equipamentos eletroeletrônicos (37,1%), instrumentos de ótica e precisão (31,1%), químicos (31,1%), equipamentos mecânicos (16,3%), automóveis (10,9%) e farmacêuticos (8,5%). Mas houve recuo nos desembarques de itens relevantes na pauta de importações, como combustíveis (40,5%), cereais (53,5%), aeronaves (26,2%), produtos para indústrias químicas (20,6%), cobre (10,9%), adubo (8,2%) e fibras sintéticas (3,0%).